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Por que o planejamento financeiro ideal inclui seguro de vida

19/06/2019

O seguro de vida é um dos pilares do bom planejamento financeiro, mas é frequentemente esquecido. Sua importância é menos óbvia do que, por exemplo, gastar menos do que se ganha, livrar-se das dívidas, cortar gastos supérfluos, poupar e investir.

Acontece que quando temos a intenção de construir um patrimônio é preciso não apenas fazê-lo crescer, mas também protegê-lo. Uma adversidade qualquer pode nos levar a consumir em pouco tempo a poupança de uma vida inteira.

Já falamos do papel dos seguros mais importantes no planejamento financeiro. Agora, vamos nos deter um pouquinho mais no seguro de vida.

Com ou sem dependentes, com ou sem reservas, o seguro de vida é para todos. É ele que protege o patrimônio que construímos ou ainda vamos construir.

Jovens e investidores iniciantes

O jovem e o investidor iniciante ainda não têm patrimônio ou dispõem apenas de poucas reservas. O seguro de vida evita que eles e/ou suas famílias precisem consumir seus parcos recursos e até se endividar em caso de uma invalidez permanente, doença grave ou morte.

No caso da invalidez permanente, o segurado perde sua capacidade de trabalhar e gerar renda ao mesmo tempo em que experimenta um aumento nos gastos. Um bom capital segurado pode sustentar o segurado e sua família para o resto da vida.

Quem contrata uma cobertura para doenças graves também pode contar com a indenização para enfrentar esse momento difícil, que pode ser temporário, ganhando fôlego para retomar sua trajetória de poupança mais adiante.

Já no caso de morte do segurado, o seguro de vida garante à família, de imediato, recursos para se manter e se reorganizar. Como a indenização do seguro de vida não entra em inventário, a transferência para os beneficiários ocorre poucos dias após o falecimento.

Caso haja algum bem a inventariar, a indenização pode ser usada para bancar os custos do inventário e o Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doações (ITCMD), tributo estadual que incide sobre as heranças.

Repare na importância do seguro de vida para os jovens. Os mais velhos que já têm alguma reserva costumam fazer doações em vida e, no caso daqueles que têm mais patrimônio, até testamento.

Já um jovem que venha a falecer repentinamente – por exemplo, em um acidente – deixará a família totalmente desamparada se não tiver um seguro de vida.

Pessoas que já têm um bom patrimônio

O seguro de vida é uma proteção para o patrimônio de quem já constituiu boas reservas. Ele evita que o segurado e sua família precisem consumi-las em caso de invalidez ou doença grave, e garante recursos imediatos à família do segurado após a sua morte.

Por não entrar em inventário e ser isento de IR e ITCMD, o seguro de vida é muito usado para fazer planejamento sucessório. Isto é, para planejar a transmissão de bens do segurado para os herdeiros.

Quem tem grande patrimônio costuma se preparar em vida. Faz doações para evitar o inventário de certos bens e constitui holding familiar, por exemplo. Mas o inventário de uma parte do patrimônio pode ser inevitável, principalmente se houver testamento.

Tendo acesso imediato à indenização do seguro de vida, a família dispõe de recursos em dinheiro para bancar os custos de inventário e enfrentar esse período que pode ser longo.

Investidores arrojados

No caso dos investidores arrojados, que preferem aplicações de maior risco para turbinar o crescimento do próprio patrimônio, o seguro de vida oferece uma proteção a mais. Ele impede que seja necessário mexer nas aplicações em caso de invalidez ou morte do segurado.

Isso evita que os investimentos precisem ser vendidos às pressas em um mau momento de mercado, o que pode levar a família a realizar prejuízos. O raciocínio vale para os empreendedores, investidores em renda variável e até para quem gosta de investir em imóveis.

Contrate as coberturas certas para você

Na hora de contratar um seguro de vida, você precisa ficar atento não apenas ao valor do capital segurado, como também às coberturas.

É sempre conveniente contratar a cobertura por morte por qualquer causa. Mas se você for jovem, essa contratação é especialmente importante, pois uma morte acidental é mais provável do que uma morte por causas naturais.

Se você tem histórico de doenças graves e hereditárias na família, como o câncer, contratar a cobertura para doenças graves também pode ser uma boa.

A cobertura por invalidez permanente é fundamental para quem ainda está na vida ativa, mesmo que não tenha dependentes. Já para os aposentados, pode não fazer tanto sentido.

Finalmente, você pode ainda optar por contratar um seguro resgatável, que possibilita ao segurado resgatar parte do capital segurado quando quiser, por qualquer motivo.

Ao fazer isso, a apólice é cancelada. Mas esse pode ser um jeito de ter um dinheiro extra em caso de emergência sem precisar sofrer um dos sinistros cobertos pelo seguro, protegendo o patrimônio e evitando o endividamento.

Para saber quais coberturas escolher e o valor do capital segurado, o ideal é conversar com um corretor de seguros.

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